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Archive for the ‘internet’ Category

Reportagem: Danielle Ewald e Thaís Paoliello
Edição: Monique Mansur e Carlos Augusto

Colaborar é melhor que competir. A ascensão das mídias colaborativas esteve presente nos discursos dos palestrantes Luiz Fernando Barbosa, Marcos Dantas e Sérgio Amadeu nesta sexta-feira.

“Programas públicos de acesso à internet pública: estratégias e parcerias” foi o tema da primeira rodada de palestras neste último dia de seminário. Os assuntos que se destacaram foram: inclusão digital, TV digital, direito a comunicação e o projeto Metrovix.

“O projeto Metrovix consiste numa rede de alta velocidade que vai interligar instituições de ensino e pesquisa promovendo uma maior agilidade no fluxo de dados e partilha de conhecimentos” disse Luiz Fernando Barbosa, secretário de desenvolvimento da cidade de Vitória, ao explicar o projeto.

Democratização da comunicação

Para Luiz Fernando Barbosa, as tecnologias da informação e da comunicação são consideradas atualmente um pressuposto para a participação democrática na sociedade. Em seu discurso Barbosa apontou que 31% das famílias não se beneficiarão com programas de redução de preços dos computadores, o que ressalta a importância de centros de acesso coletivo.

“Pluralidade cultural e democratização da comunicação são algumas das aquisições da TV digital” ressaltou Marcos Dantas, da PUC-Rio. Além disso, com a implantação da TV digital uma das possibilidades será o aumento da interatividade (local e a longa distância), provendo mais programações alternativas dentro de um mesmo canal.

Capacidade Cognitiva

O acesso às mídias deve vir paralelo à capacidade de cognição. Segundo Marcos Dantas não adianta ter acesso às mídias se você não tem o mínimo de educação e cultura para poder operá-las.

Dantas disse ainda que inclusão digital não é aumentar o mercado consumidor e sim investir em tecnologias de inteligência que minimizam as desigualdades cognitivas. E para finalizar ele completou que o negócio é colaborar e não competir com mídias digitais.

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Reportagem: Cristina Oliveira e Helbert Paulino
Edição: Catarina Carneiro e Carlos Augusto

Antoun

Na tarde desta quarta, o Seminário Internacional “A Constituição do Comum: Comunicação e Cultura na Cidade” tratou do tema Internet: Novas formas de opinião pública e consumo. O moderador das palestras, o Professor Dr Fábio Malini/UFES tomou a palavra e convidou os palestrantes para compor a mesa. O tema começou a ser discutido pelo professor Henrique Antoun (ECO/UFRJ), pós-doutor em comunicação pela Universidade de Toronto-Canadá. Antoun destacou em poucas palavras, mas de maneira abrangente, a importância da Internet e sua potencialidade. Ele se utilizou da Reforma Protestante para fazer analogia à Internet: com o advento das mídias digitais, as mídias proprietárias de massa – os grandes veículos de comunicação, como disse Antoun – perderam seu monopólio quanto à formação da opinião pública.

“É a mídia digital pregando sua carta na porta da Igreja. A Internet foi criada para destruir as propriedades das massas”, ressaltou.

Para Antoun, a sociedade, neste momento, se constrói por ela mesma. Inicia-se a luta pelo processo de transformação social e a cultura passa a não ser mais uma marca criada por essas grandes empresas. O professor enfatizou ainda a importância da não privatização da cultura e dos meios intelectuais, ressaltando que quem faz cópia não pratica pirataria, está apenas democratizando a cultura.

Gustavo Fortes, da Agência Espalhe, apresentou em multimídia as estratégias do Marketing de Guerrilha. Segundo Fortes, esse marketing se inspirou nas táticas de guerrilha bélica. Ele listou, entre os pontos principais, a utilização da energia e criatividade em vez do dinheiro, métodos não convencionais (não compramos mídia), resposta rápida ao mercado, ações surpreendentes, e autenticidade.

“Nós somos ao mesmo tempo o público alvo e a mídia”, salientou.

Para Gustavo, existe uma revolução acontecendo de baixo para cima, não sendo ela um movimento das grandes corporações.

“Para participar basta ter um celular e propagar seu conteúdo, como na execução de Saddam Hussein, que era para ser um acontecimento sigiloso e acabou por ter grande repercussão na Web”, exemplificou.

O poder do boca-a-boca
Para Gustavo Fortes, uma das principais formas de difusão do Marketing de Guerrilha é o boca-a-boca, que pode acontecer de forma natural ou simplificada. De acordo com Gustavo, é muito mais fácil passar um conteúdo para frente na Internet por meio das mídias espontâneas. Ele citou, como exemplo na forma natural, o Skype, ferramenta utilizada para as pessoas se comunicarem para qualquer lugar, e o mais importante: de graça de computador para computador! Os responsáveis pela propaganda do Skype são os próprios usuários. “Você sai falando para seus amigos e a notícia vai se espalhando”, fazendo referência à divulgação do Skype. O boca-a-boca natural usa as pessoas para levar o discurso à frente. No boca-a-boca amplificado são criados fatos, de fácil assimilação, com a finalidade de ampliar o conteúdo para determinada empresa. Exemplo disso é a marca Daspu – criada pela ONG Davida – que teve repercussão nacional após a ação judicial da original Daslu.

Blogosfera
Formado em processamento de dados, Edney Souza deixou a profissão de gerente de sistemas para se dedicar exclusivamente ao seu blog: o Interney. Edney desenvolvia sistemas corporativos e iniciou o seu site pessoal em 1997. A partir daí percebeu que poderia lucrar com a publicidade veiculada em seu blog. Em 2005 passou a viver da rentabilidade desse trabalho. O Interney.Net ensinava a seus usuários como fazer um blog, e por esse motivo, foi muito divulgado. Segundo Edney, hoje você tem a potencialidade de se transformar em veículo de comunicação, em ser a mídia. Ele também fez duras críticas aos “caçadores de paraquedistas“, que seriam aquelas pessoas que não possuem conteúdo definido e que se aproveitam do “assunto do momento”. Encerrando o conjunto de palestras da tarde, o blogueiro salientou a questão da ética e da credibilidade na mídia independente.

“Todos estamos na rede, todos estamos expostos. A personalidade digital é feita a todo momento, ela fica gravada, e você tem que saber o que escrever num blog “, finalizou.

mesa

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